sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Who watches the watchmen?

Esta semana resolvi investir em dois assuntos que há muito vinha querendo me aprofundar. Como disse no twitter (como?? Você não segue o geniodocrime? Não acredito, vai lá e dá um follow!) peguei Watchmen para assitir e comprei um encadernado de Y – The last man.
E como prometi as minhas impressões (e já estava mesmo na hora de um outro delito aqui no Beco) vou começar por Watchmen, já que ainda não li Y.
Primeiro, uma rápida recapitulação do que é Watchmen: Escrita pelo “louco” inglês Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, Watchmen é uma série de quadrinhos publicada DC Comics entre 1986 e 1987. Considerada um marco na evolução dos quadrinhos, a série introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos mais alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial. O sucesso de crítica e de público que a série teve ajudou a popularizar o formato conhecido como graphic novel .
Watchmen foi, no contexto dos quadrinhos dos anos 80, junto com A Queda de Murdock e O cavalheiro das trevas (SENSACIONAL), de Frank Miller e Maus, de Art Spiegelman, – um dos responsáveis por despertar o interesse do público adulto para uma mídia considerada infanto-juvenil.
A série faturou inúmeros prêmios, entre estes destacam-se: os Prêmios Kirby e Eisner, além de uma menção especial no tradicional Prêmio Hugo, voltado à literatura fantástica e ficção-científica além de ser a única obra em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time.
A trama se passa nos EUA de 1985, um país no qual justiceiros fantasiados são realidade. O país vive um momento delicado no contexto da Guerra Fria e está em vias de declarar uma guerra nuclear contra a União Soviética. A história envolve um grupo de super-heróis do passado e do presente e os eventos cercam o misterioso assassinato de um desses heróis. O grande barato desta obra é que Watchmen trata os super-heróis como indivíduos reais, que enfrentam problemas éticos e psicológicos comuns a todos nós, lutando contra suas neuroses e defeitos.
Lembrando sempre que todo o contexto de Watchmen fazia grande sentido dentro da época em que foi escrito. Ao tentar reler a obra recentemente, senti que muito do apelo tinha se perdido.
Dito isto, vamos ao filme... Desde do fim dos anos 80, se falava em transpor a obra de Moore e Gibbons para o cinema, grandes nome já estiveram associados ao projeto, inclusive muito se falou em Arnold Schwarzenegger como Doutor Manhattan, mas sempre foi dito que a série era “infilmável”.
Até que surgiu Zack Snider. Logo na estréia o diretor apresentou ao público Dawn of the dead e recriou os filmes de Zumbis, com seus morto-vivos frenéticos. A seguir, uma adaptação de quadrinhos, 300, baseado na obra de Frank Miller. E, como seu terceiro filme, veio a oportunidade de dirigir Watchmen.
Zack faz um filme tecnicamente perfeito. Música, efeitos, visual, escolha de elenco, tudo foi pensado, estudado e realizado com esmero, não há um porém nesta área, e o roteiro do filme segue a risca a história de papel, quem leu a obra, sabe o que vai acontecer a seguir e espera com ansiedade por isto. A sensação que o diretor passa, é que usou os quadrinhos originais como storyboard. (apesar da grande alteração no final e de algumas eliminações em todo do andamento da história). Então, qual o problema de Watchmen?
Acho que exatamente esta fidelidade total de Snider é o que prejudica o filme. Quando terminei o filme, fiquei com a impressão de que ainda faltava alguma coisa... Durante um certo tempo, você fica mesmerizado com o visual, mas depois que o efeito passa, é que se nota que a guerra fria já era... e muitas das críticas do filme ficaram velhas com o tempo. Faltou um pouco de ousadia na adaptação, existem tantas novas críticas que poderiam ser feitas hoje mas o diretor preferiu requentar um prato velho. Uma pena. Fiquei decepcionado, esperava mais, principalmente de Zack Snider, já que o Alan Moore eu sempre achei um chato mesmo...
Agora, é ler com calma Y, e torce para ter um retorno de parte do meu investimento!

domingo, 4 de outubro de 2009

Grande descoberta

Pintou um tempinho, então voltei ao Beco (que agora é olímpico!). E desta vez, não pretendo enrolar muito. Vamos direto ao delito da vez. Sanctuary. Para quem não sabe do que se trata, imagino que a grande maioria, esta é uma série do Sci-fi Channel, originalmente produzida em 2007 direto para a web em oito episódios de 15 minutos aproximadamente.
Idealizada por Damian Klinder e produzida e dirigida por Martin Wood, Sanctuary foi filmada utilizando-se a combinação de computação gráfica com live-action (O bom e velho fundo verde). Esteticamente, Sanctuary seria alguma coisa entre 300 e Sin City, mas na minha opinião o visual está muito mais para a série Dark Angel de Jéssica Alba. A maior parte da série é feita desta forma com todos os cenários inseridos depois por computador. Já vi algumas pessoas reclamando dos efeitos, eu achei o visual da série muito bom, extremamente bem acabado e cuidado, e olha que neste ponto sou chato para cacete.
A história de Sanctuary lembra um pouco X-men. A série acompanha as aventuras da Dra. Helen Magnus, interpretada por Amanda Tapping, seu novo aliado, o psiquiatra forense, Will Zimmerman (Robin Dunne) e sua filha Ashley (Emilie Ullerup). Juntos eles rastreiam, estudam, ajudam e protegem estranhas e (as vezes) terríveis criaturas que vivem escondidas no nosso mundo. Para quem achou parecido mesmo com os mutantes, tem até um carecão misterioso na série.
Embora muitas vezes tratados como peças de pesadelos infantis ou apenas fios monstruosos de nossa imaginação, a Dra. Magnus, sabe que a natureza está cheia de erros e triunfos e no Santuário tem as provas de que estes pesadelos e sonhos são reais, muito reais.
Com a ajuda relutante de Will, psiquiatra com o “dom” de encontrar os casos mais estranhos e curiosos, e de sua bela e perigosa filha, a doutora se envolve com vampiros, sereias, dragões, fadas e uma variedade a seres sobrenaturais, míticos e alienígenas que estão livres pelo mundo. A medida que a história avança, o espectador vai descobrindo um pouco mais do passado dos personagens e o porque deles se envolverem nesta empreitada. Vários mistérios vão se desenvolvendo em tramas paralelas, alguns são resolvidos e outros aprofundados e deixam os espectadores com água na boca, ansiosos pelos próximos episódios. Vários rostos conhecidos da ficção vão dandos as caras pela série, Jack, the ripper, Nicola Tesla, Sherlock Holmes... E em cada episódio um novo mistério se apresenta a equipe. O espectador descobre que a história da doutora Magnus começa na Inglaterra vitoriana e vem até os dias de hoje e que o Santuário tem um inimigo tão misterioso e poderoso quanto ele próprio, a Cabala.
O elenco muito bem entrosado é um outro ponto forte da série. Amanda Tapping é talentosa e já tinha alguma experiência com ficção científica, já que a atriz participava de algum Stargate, mas ainda não tinha visto nada dela. Tapping está ótima como a misteriosa Dra. Helen Magnus, sem que falar na beleza. (aí, cuecas, vale uma olhada!). Emilie Ullerup é outra oriunda de algum Stargate (pó, tem umas trinta cinco séries e eu nunca consegui saber qual é a boa, a ruim, a nova...) e apesar da franjinha esquisita, também mata a pau como Ashley Magnus, e não deixa a desejar na comparação com a mãe (então, cuecas, duas olhadas!) e o Robin Dunne (a cara dele não me é estranha, deve ter participado de um stargate também...) não está mal no papel de Will Zimerman, a química entre os três é muito boa. O elenco de apoio tem alguns personagens bem interessantes, como os moradores do Sanctuary, Big Foot e Henry Foos, dupla responsável por alguns dos momentos mais engraçados da série e o carecão misterioso, John Druit (Christopher Heyerdahl, com participações em? Adivinhem só: Stargate!), que divide um passado com a doutora Magnus.
Descobri a série por acaso, navegando pela internet e li/escutei muito pouco dela por aqui, tive um tempo e paciência e resolvi arriscar. Não estou nem um pouco arrependido. Estou terminando de ver a primeira temporada, e gostei muito do que vi até aqui, e já digo que já estou louco para assistir a segunda! Então, vocês que gostam de ficção científica, podem correr para internet e procurar Sanctuary! Não vão se arrepender! O site oficial da série é: http://sanctuaryforall.com e aí embaixo tem dois videos para vocês conhecerem a série, divirtam-se!